sábado, 1 de janeiro de 2011

Mídia internacional disseca legado e prevê "sombra" sobre sucessora

Uma sombra para Dilma Rousseff. A imagem de um novo mundo em que não há nenhuma superpotência imprescindível. Extraordinário como Nelson Mandela.

A mídia internacional está aos pés de Lula, que acaba de deixar o poder depois de oito anos no Palácio do Planalto.

Nos últimos 15 dias, reportagens publicadas no exterior analisam o legado do presidente que passou a faixa para a sucessora com "87% de aprovação popular", como a esmagadora maioria dos textos ressalta num misto de admiração e assombramento.

Blogueiros do "El País", da Espanha, Luis Bassets e Ramón Lobo estão na linha de frente do deslumbramento.

O primeiro é quem faz a comparação entre Lula e Mandela, cuja liderança ajudou a pôr fim ao regime do apartheid na África do Sul.

"Numa época em que o poder corrompe e os que o ocupam decepcionam os eleitores, Lula é extraordinário. Como Nelson Mandela."

Analistas preveem dificuldades para Dilma especialmente no campo econômico.

"É pouco provável que Dilma Rousseff consiga se livrar tão cedo da sombra do ex-presidente", escreve a revista semanal "The Nation", revista mais antiga dos EUA.

Segundo a Bloomberg, confrontada com a "inflação mais alta dos últimos 23 anos e um crescente deficit orçamentário", Dilma estaria encontrando dificuldades para convencer investidores externos de que pode sustentar o crescimento econômico registrado nos anos Lula.

Em editorial, o francês "Le Monde" amplia a perspectiva de problemas para Dilma, afirmando que a obra de Lula está inacabada -é onde, segundo o diário, repousam os maiores desafios da presidente que assume amanhã.

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