sábado, 21 de maio de 2011

Proposta de menos recursos atingiria nove de 5.307 processos‏

Complementando a pesquisa da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas, o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, divulgou um levantamento realizado pela assessoria da Presidência do STF sobre os recursos extraordinários e agravos de instrumento distribuídos no tribunal em 2009 e 2010. Do total de 64.185 processos dessas classes, 5.307 são sobre matéria criminal, cerca de 8% do total.

Dos 5.307, o Supremo deu provimento a 145 (2,7% dos recursos criminais ou 0,22% do total de recursos). Entre os providos, 77 foram interpostos pela acusação (a reforma da decisão se deu em prejuízo do réu), 59 são pedidos formulados após o trânsito em julgado da condenação e referemse à execução da pena (progressão de regime, medidas disciplinares).

Outros nove recursos interpostos pelas defesas foram providos antes do trânsito em julgado.Ou seja, conforme destacou o ministro Peluso, somente nove processos providos fundamentariam a objeção à PEC dos Recursos.

"A partir de nove casos se alega que há um grande dano e um risco à liberdade individual e injustiça na área criminal. Os senhores acham concebível, do ponto de vista do interesse da sociedade, nós termos um sistema que prejudica toda a sociedade, para não correr o risco de nove injustiças?"

Ainda segundo o ministro, dos nove recursos providos, apenas quatro discutiram a condenação por crimes passíveis de condenação, ou seja, 0, 006% do total dos recursos extraordinários e agravos de instrumento. Em três deles, o Supremo reconheceu nulidades processuais, e em apenas um houve a efetiva reforma no mérito da decisão.

De acordo com o presidente do STF, existe uma série de medidas que podem diminuir a quantidade de recursos na Corte, como a reforma nos códigos do Processo Civil e do Processo Penal.

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