sábado, 19 de fevereiro de 2011

Rebelião: ordem para degola de presos em Pinheiro saiu da Penitenciária de Pedrinhas

A ordem para execução e degola de quatro dos seis presos mortos em rebelião na delegacia de Pinheiro (região da Baixada), no início do mês, partiu de um detento da Penitenciária de Pedrinhas, e chegou por celular. A superlotação da delegacia seria o pretexto para esconder rixa de dois líderes do motim com um terceiro colega de cela. 

As afirmações são de um preso e constam em termo de audiência, com depoimento tomado em 11 de fevereiro, e que teve como testemunhas um juiz que responde por comarca da Baixada e uma advogada. 

O termo chegou ao corregedor-geral da Justiça, Antonio Guerreiro Júnior, que ficou estarrecido com a narrativa em detalhes da rebelião. Sabe-se pelo depoimento que a chegada de presos de Cururupu teria alterado radicalmente o dia-a-dia da cadeia em Pinheiro. O clima calmo se transformou em estopim e pólvora pela imposição das lideranças “de fora”, alguns com temperamento violento ao extremo. 

Durante a revolta na delegacia, um dos líderes teria morto um taxista, arrancado um dos olhos e o jogado na entrada do corredor das celas. Um segundo chefe da revolta teria assassinado e bebido o sangue de um “idoso baixinho e moreno”. Uma família teria sido obrigada a pagar resgate para que um preso comum não morresse. 

Nos próximos dias, o corregedor geral de Justiça deverá encaminhar o documento à presidência do Tribunal de Justiça, órgãos estaduais da Justiça e ao Conselho Nacional da Justiça (CNJ) (Luis Cardoso)

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