sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sadek: Escolha para o STF não mobiliza a sociedade


Para a cientista política Maria Tereza Sadek, chama a atenção o fato de que a nomeação para uma vaga no Supremo Tribunal Federal ainda não mobiliza setores mais amplos da sociedade. O Blog pediu a opinião da pesquisadora sobre o processo de escolha para preenchimento da vaga aberta desde agosto com a aposentadoria de Ellen Gracie.

Segundo revelou o jornal Folha de São Paulo, uma espécie de "banca técnico-jurídica" formada pelos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) e pelo secretário-executivo da Casa Civil, Beto Vasconcelos, levanta as informações sobre o currículo de 16 desembargadoras, ministras e acadêmicas, dez das quais já foram selecionadas para entrevistas.
   
Blog - Na sua avaliação, quais os prejuízos com a demora na escolha de um nome para a vaga aberta com a aposentadoria da ministra Ellen Gracie no STF?

Maria Tereza Sadek - O número reduzido de ministros (aposentadoria e afastamento) tem refletido no trabalho da corte. Deste ponto de vista, a demora na indicação tem sido prejudicial. Além disso, estão na fila, aguardando pronunciamento, questões relevantes.
   
Blog - Como a sra. vê o processo de consulta por uma espécie de "banca"?

Maria Tereza Sadek - Embora, em princípio, uma banca seja melhor do que um único interlocutor, chama muito a atenção como a nomeação de um ministro para o STF ainda não mobiliza setores mais amplos da sociedade. Claro que há lobbies. Mas o tema ainda é muito restrito.
Blog - Como avalia a anunciada preferência da presidente Dilma Roussef por uma mulher para o cargo? É relevante essa condição? Isso limita o processo de escolha?

Maria Tereza Sadek - As pesquisas sobre "como votam os ministros" têm mostrado que não faz muita diferença o fato de o integrante ser homem ou ser  mulher. A presença feminina tem, contudo, um impacto simbólico não desprezível.

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