sábado, 22 de outubro de 2011

Profissional atualizado e novas áreas do direito dinamizam panorama da advocacia

Reunidos na Fenalaw SP 2011 especialistas discutirm o panorama do mercado jurídico brasileiro e as novas possibilidades de crescimento. Segundo o presidente da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) seccional São Paulo, Luiz Flávio D’Urso, o mercado jurídico experimenta o mesmo crescimento econômico que o país e demanda profissionais especializados e atualizados.

D’Urso classificou o panorama do mercado jurídico com muito promissor ao mencionar áreas de atuação como o pré-sal, a Copa em 2014 e as Olimpíadas de 2016.

De acordo com o presidente, “as novas possibilidades de crescimento estão, sem sombra de dúvidas, no direito desportivo e no Bio-direito”.

Já para o diretor presidente do CEAE (Centro de EStudos de Administração de Escritórios de Advocacia), Frederico Prado Lopes, apesar do descrédito da sociedade no advogado, uma das novas possibilidades de crescimento pode vir a acontecer através de uma formação mais qualificada não só de novos advogados, mas dos profissionais que já estão no mercado.

Para Lopes os advogados são representantes da democracia, entretanto, grande parte destes profissionais não têm noção de sua importância e papel na sociedade.

“O advogado não precisa só de boa aparência e boa oratória, mas necessita estar comprometido com a democracia e com a sociedade”, destaca.
Em resposta à Lopes, Ophir Cavalcante, presidente da OAB ( Ordem dos Advogados de Brasil) lembrou que a advocacia brasileira é uma das mais procuradas por escritórios estrangeiros, “o que mostra claramente a qualidade dos nossos advogados. É claro que temos alguns desafios e compromissos com a sociedade”, diz Cavalcante.

Cavalcante fez um panorama sobre o mercado jurídico brasileiro e as novas possibilidades de crescimento do setor. Para ele, os advogados são defensores da liberdade pessoal, o que dá o caráter público da profissão, fazendo com que se ultrapasse a mera atuação técnica profissional.

Segundo o presidente, hoje existem mais de 1.200 cursos de direito em todo o Brasil, o que resulta em quase 100 mil novos profissionais bacharéis se formando todos os anos. Por isso, explica, é necessário que se tenha mais critérios de entrada para os cursos, para não cair na “mercantilização” da profissão.

“Os profissionais da advocacia se dividem nas áreas de administração pública, docência e iniciativa privada. A ordem é não abrir mão dessa diversidade de opções e, se possível, o profissional deve ver outros nichos de mercado para ter novas perspectivas de desenvolvimento profissional”, ressalta.

Desenvolvimento profissional que, aliás, foi o tema abordado pela presidente do Iasp (Instituto dos Advogados de São Paulo), Ivette Senise Ferreira. Para ela, a preparação só pode ser alcançada com plena dedicação durante toda a vida do profissional e não somente com o que se aprende nos bancos da universidade e nos estágios da graduação.

“Pelo fato de o mercado estar cada vez mais competitivo, se exige mais do profissional de Direito. Por isso, ele deve estar ciente de que será preciso melhoria contínua durante o exercício da profissão”, comenta. Para ela, se houver este aprimoramento, as perspectivas futuras são boas para os advogados brasileiros.

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