domingo, 2 de setembro de 2012

Voto de Lewandowski surpreende advogados

Eis algumas avaliações sobre o voto do revisor da ação penal do mensalão, ministro Ricardo Lewandowski, que acompanhou o relator, ministro Joaquim Barbosa, pedindo a condenação de quatro dos 37 réus: 

Os advogados de defesa dos réus do mensalão acompanharam com perplexidade e visível preocupação o voto do ministro Ricardo Lewandowski. De modo geral, eles apostavam que o revisor iria se contrapor ao ministro Joaquim Barbosa, relator do caso, que tem refutado todas as teses da defesa. (“O Estado de S. Paulo”) 

Quem esperava que o revisor, Ricardo Lewandowski, daria a largada nessa etapa do julgamento com clara divergência em relação às posições defendidas pelo relator, Joaquim Barbosa, se decepcionou. Os dois ministros, que tiveram embates duros nas primeiras sessões, até agora chegaram às mesmas conclusões, com apenas pequenas diferenças pelo caminho, sobre a culpa do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e do empresário Marcos Valério.  (“Correio Braziliense”) 

O ministro Ricardo Lewandowski (…) fortaleceu ontem uma das principais teses da acusação ao votar pela condenação de um ex-diretor do Banco do Brasil acusado de desviar milhões de reais para o esquema. (…) Embora tivesse anunciado antes que pretendia fazer um “contraponto” ao voto do relator, Lewandowski manifestou ontem várias opiniões coincidentes com as de Barbosa. (Folha) 

“Aqueles que apostavam que os ministros seriam ilhas vão se decepcionar. Estava se antecipando um embate entre as posições do relator e do revisor, mas agora fica provado que o debate é possível”. (Thiago Bottino, professor de Direito da FGV, em “O Globo”) 

Depois de sessões marcadas por embates entre os dois ministros que mais conhecem o processo do mensalão, o revisor, Ricardo Lewandowski, e o relator, Joaquim Barbosa, falaram a mesma língua. (“Correio Braziliense”) 

“São dois votos de peso. De quem, teoricamente, dedicou mais tempo aos casos”. (Arnaldo Malheiros, que defende Delúbio Soares, em “O Globo”) 

Houve surpresa ontem a quem se acostumara a ver conflito de opiniões entre os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. (…) O voto de Lewandowski foi mais claro que o de Barbosa. Este privilegiou o detalhe dos fatos, mais ou menos conforme a narrativa da acusação. Já tinha exposto antes, no relatório, os argumentos da defesa. Lewandowski, como revisor, fez uma exposição curta dos argumentos dos dois lados, para depois apontar tudo aquilo que, na defesa de Pizzolato, era difícil de engolir. (Marcelo Coelho, na Folha)

Nenhum comentário:

Postar um comentário