quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Os magistrados que se escondem...


Em entrevista à Veja desta semana, a ministra Eliana Calmon dá a dica: "o criminoso de toga tende a ser um juiz hermético, formalista, que fala pouco e não recebe as partes. Costuma se esconder atrás do formalismo".

Mais: "muitas vezes juizes se associam a advogados e dividem os lucros. É claro que, em um universo de 16.000 juizes, nem 2% fazem isso, mas o estrago para a carreira é muito grande. Essa é a pior face da magistratura".
 
Num cálculo matemático simplista, os magistrados criminosos seriam, assim, um grupo - expressivo quantitativamente - de cerca de 300 a 320.
 
Pela fala mais recente de Eliana Calmon, o Espaço Vital conclui que o número de "bandidos" cresceu. Em outubro do ano passado, ao revelar a infiltração do crime na magistratura brasileira, Eliana estimou que "eles sejam 1% dos 16 mil magistrados ativos no Brasil" - os criminosos seriam, então, algo em torno de 160 pessoas.

Eliana fala também da “intimidade indecente” entre o Judiciário e a política. "Isso vem de dois séculos. O Judiciário sempre foi conivente com os outros poderes, como um chancelador do que os outros poderes decidiam. Até hoje há juizes que comungam da ideia de que é preciso ser amigo do rei. Assim, alguns tribunais ainda fazem favores ao governador que arruma emprego para parentes de juízes".

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