domingo, 2 de setembro de 2012

“La rupture d’un modèle de corruption”

Do editorial da Folha, sob o título “Supremo blá-blá-blá”, que trata da linguagem excessivamente solene no Supremo Tribunal Federal e da loquacidade de ministros, fora do “augusto sodalício” [o Blog reproduz entre aspas expressões usadas por magistrados, advogados e membros do Ministério Público]: 

Os maus hábitos da linguagem empolada e da expressão prolixa continuam a prosperar no Judiciário; no Supremo, ainda mais em julgamento momentoso como o do mensalão, chegam ao apogeu. Nem mesmo certas vulgaridades, salpicadas por alguns dos advogados da defesa, alteraram a sensação do leigo de assistir a um espetáculo obscuro e bizantino.

(…)

À prolixidade nos processos, somou-se a loquacidade fora deles. O costume começou há mais de dez anos, quando ministros passaram a discorrer sobre quase qualquer assunto, a pretexto de que assim prestavam contas e faziam do Judiciário um poder menos fechado.

Conforme sublinhou o constitucionalista Joaquim Falcão, a lei proíbe os magistrados de se manifestar sobre qualquer processo em curso e criticar atos de seus colegas. Também neste quesito, um pouco mais de parcimônia e contenção viriam a calhar.

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