sexta-feira, 1 de março de 2013

Com saída de Ayres, Nordeste ficou sem representante na Corte

Tradicionalmente, a questão regional não é crucial para a indicação de ministros para STF (Supremo Tribunal Federal). No entanto, após a aposentadoria de Carlos Ayres Britto, o processo de escolha para atual vaga em aberto na Corte pode levar em conta a região de origem do novo ministro.

Ayres Britto era o único representante da região Nordeste. Natural de Propriá, município de Sergipe, foi indicado ao cargo, em maio de 2003, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para ocupar a vaga que era do ministro Ilmar Galvão. Galvão nasceu em Jaguaquara, sul da Bahia, formado em Direito no Rio de Janeiro, chegou ao STF em 1991 depois de fazer carreira no Acre.
Os dois antecessores de Galvão eram piauienses, Aldir Passarinho (1982-1991) e Firmino Paz (1981-1982). Do total de 16 magistrados que ocuparam a cadeira, 8 saíram da região Nordeste, inclusive o primeiro deles, o Barão de Lucena, pernambucano, ministro de 28 de fevereiro de 1891 a 25 de janeiro de 1892.
Entre os atuais dez integrantes da Corte, a região Sudeste é a que tem o maior número de ministros. São sete magistrados que nasceram ou fizeram carreira na região: Joaquim Barbosa, Celso de Mello, Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luiz Fux. A ministra Rosa Weber, do Rio Grande Sul, já representava a Região Sul desde dezembro de 2011. No final do ano passado, a região passou a ter mais um, Teori Zavascki, de Santa Catarina. Já a região Centro-Oeste é representada pelo ministro Gilmar Mendes (Mato Grosso).

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