segunda-feira, 2 de julho de 2012

Entre o purgatório e o inferno astral


A vida do advogado continua oscilando entre o purgatório e o inferno astral, por sofrer os feitos das omissões do Congresso Nacional e do Executivo para a adoção de medidas para tornar agil o andamento de processos no Judiciário. Fala-se, fala-se e tudo fica no condicional.

Se a Justiça quer abrir concurso e criar varas é obrigada a contar com o beneplácito dos executivos e legislativos federal e estaduais. Quando pede, recebe logo de cara que vai aumentar as despesas, esquecendo-se que o Poder Judiciário arrecada em excesso para a União e os estados.

Nunca estão preocupados em solucionar a morosidade do Judiciário e transmitem a imagem de que o desejo final é quebrar sua espinha dorsal, que é a independência para enfrentar os mandachuvas daqui e de acolá. Aliás, como querem fazer os novíssimos apaixonados pelo autoritarismo de algumas conhecidas matizes políticas com os meios de comunicação, calando sua boca destemida e feroz.

É uma lástima, que acaba desabando em cima da cabeça da advocacia que passa a ser  responsabilizada pelo cliente pela demora em o processo chegar ao fim da linha. O caminho que o advogado vai percorrer, portanto, continua e continuará recheado ainda com muitas ondas letais, enquanto o Executivo e o Legislativo não adotarem a postura dos países do primeiro mundo, que impuseram um ritmo veloz ao judiciário. Fora desse quadro, é conversa para boi dormir. (O Flimunense)

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