segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

"Juiz corrupto deve ser enforcado"


Evelin Santos - Cidadeverde.com

Irritado com a pecha de omissão dos tribunais, o desembargador Edvaldo Moura, presidente do TJ do Piauí, fez um desabafo: “juiz corrupto deveria ser enforcado em praça pública".

Segundo o saite piauiense Cidade Verde.com,  a declaração - Edvaldo mesmo admite e apóia - foi dada pelo presidente do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil, desembargador Marcus Antônio de Sousa Faver, quando esteve em Teresina.

Edvaldo Moura reafirmou que se houvesse pena de morte no Brasil, juiz com desvio de conduta deveria ser enforcado. “Sou contra a pena de morte por convicção. Nenhuma pessoa sensata defenderia a pena de morte, mas se existisse, uso as declarações de do desembargador Marcus Faver que disse: juiz corrupto deveria ser enforcado em praça pública” .

Edvaldo ressaltou que "a corrupção não é admissível para um magistrado". Segundo, ele nos últimos três anos, nove juízes foram punidos e dois deles foram afastados por corrupção. No Piauí, um juiz se encontra preso no Corpo de Bombeiros. O magistrado Osório Marques Bastos, da comarca de Curimatá é acusado de ter participado de duplo homicídio na cidade no ano de 2008 e de ameaçar de morte duas testemunhas.

Na opinião do presidente do TJ-PI, a recente decisão do Supremo Tribunal Federal fortalece o Conselho Nacional de Justiça  e enfraquece as corregedorias estaduais. “Não estou criticando o STF. O Piauí tem uma corregedoria de uma atuação que salta aos olhos apurando desvios de conduta. Só não vê quem não quer enxergar. Não existe omissão do TJ e nem da Corregedoria” - declarou o presidente. Ele elogiou o trabalho da desembargadora Eulália Pinheiro, corregedora do TJ-PI.

"Aqui a nossa Corregedoria é rigorosa e, ao contrário do que podem pensar, funciona sem corporativismo", garante o magistrado. A afirmação é uma resposta às críticas do ministro Gilmar Mendes, que acusou as corregedorias de não investigarem os juízes. "Aqui, a Corregedoria funciona. Não deixamos passar nada em branco. Até mesmo a ausência de um juiz do interior, que faltou a uma audiência para realizar um exame de saúde em Teresina, foi investigada" - garante Edvaldo.

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