quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Judiciário é pouco honesto para 67% da população

Duas em cada três pessoas consideram o Judiciário "pouco ou nada honesto" e "sem independência". Mais da metade da população (55%) questiona a competência desse Poder.

A má avaliação do Judiciário como prestador de serviço piorou ainda mais ao longo dos últimos três anos segundo pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo em 15 Estados brasileiros.

De acordo com levantamento da Escola de Direito da FGV, coordenado pela professora Luciana Gross Cunha, 89% da população considera o Judiciário "moroso". Além disso, 88% disseram que "os custos para acessar o Poder são altos" e 70% dos entrevistados acreditam que "o Judiciário é difícil ou muito difícil para se utilizar".

A coordenadora Luciana explicou que a avaliação geral da população "sempre foi ruim em relação ao Judiciário, mas piorou por conta de problemas ligados a custos e morosidade".

Ao comparar a confiança no Judiciário com outras instituições, a pesquisa mostra esse Poder atrás das Forças Armadas, da Igreja Católica, do Ministério Público, das grandes empresas e da imprensa escrita.

Na sexta colocação, o Judiciário aparece como mais confiável do que a polícia, o governo federal, as emissoras de tevê, o Congresso e os partidos políticos.

Outros detalhes

* Desde 2009, quando a pesquisa sobre o Índice de Confiança no Judiciário começou a ser feita, a percepção da população sobre a Justiça piorou.

* No primeiro levantamento (2009), o índice era de 6,5, em uma escala de zero a dez.

* Na pesquisa mais recente (4º trimestre de 2011), caiu para 5,3 - índice um pouco melhor do que foi registrado no último trimestre de 2010, 4,2.

* A principal motivação do uso do Judiciário pelos entrevistados está relacionada às questões envolvendo direito do consumidor (cobrança indevida, cartão de crédito, produtos com defeito), aos conflitos em relações trabalhistas (demissão, indenização, pagamento de horas extra), seguida de direito de família (divórcio, pensão, guarda de menores, inventário).

Nenhum comentário:

Postar um comentário