quinta-feira, 1 de março de 2012

Vez da mulher e vez do negro

Pedro Augusto Carneiro Lessa, Hermenegildo Rodrigues de Barrose Joaquim Benedito Barbosa Gomes: três negros na história do Supremo.

* Em abril, a mineira Cármen Lúcia Antunes Rocha, 57 anos, será a primeira mulher a presidir o Tribunal Superior Eleitoral.

* Em novembro, com a aposentadoria (70 anos) do ministro Ayres Britto - que exercerá a presidência a partir de abril, mas durante apenas sete meses -  o Brasil também terá, pela terceira vez, um negro no comando do STF: o ministro Joaquim Barbosa.

* Embora muita gente diga que Barbosa é o primeiro negro a ser ministro do Supremo, ele foi, na verdade, o terceiro, sendo precedido por Hermenegildo de Barros (de 1919 a 1937) e Pedro Lessa (de 1907 a 1921). Os dois também presidiram a corte.
 
Biografia

Nascida em Montes Claros (MG), Cármen Lúcia Antunes Rocha formou-se em Direito na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais em 1977, da qual se tornaria professora; mestre em Direito Constitucional pela UFMG e D=doutora em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo em 1983.
Procuradora do Estado de Minas Gerais, ocupou o cargo de procuradora-geral do Estado no governo de Itamar Franco. Foi diretora da Revista do Instituto dos Advogados Brasileiros.

Foi a segunda mulher nomeada ao cargo de ministra do Supremo Tribunal Federal em decorrência da aposentadoria do ministro Nelson Jobim, em 26 de maio de 2006, sendo empossada em 21 de junho de 2006.
 
A infância pobre de Barbosa
 
Joaquim Barbosa nasceu em Paracatu (MG). É o primogênito de oito filhos. Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família quando estes se separaram.
 
Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado.

Foi oficial de chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia. Após, foi advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), de 1979 a 1984).
 
Prestou concurso público para procurador da República e foi aprovado. Licenciou-se do cargo e foi estudar na França, por quatro anos, tendo obtido seu mestrado e seu doutorado em Direito Público pela Universidade de Paris em 1990 e 1993.
 
Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
 
Foi "visiting scholar" no Human Rights Institute da Faculdade de Direito da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000) e na Universidade da Califórnia Los Angeles School of Law (2002 a 2003).
 
É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol. Toca piano e violino desde os 16 anos de idade. (Espaço Vital)

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