quinta-feira, 2 de maio de 2013

O Brasil não mudou



Nove meses após perder o mandato de senador, Demóstenes Torres conquistou na quarta-feira (24) o benefício da vitaliciedade como procurador de Justiça do Ministério Público em Goiás.

Por 7 votos a 5, o Conselho Nacional do Ministério Público, que o investiga por suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira em um processo administrativo disciplinar, aceitou o pedido da defesa.

0 ex-senador havia aderido ao regime anterior ao da Constituição de 1988, que não previa cargos vitalícios no órgão. Doravante, o procurador pode perder o posto apenas por decisão da Justiça, se for condenado criminalmente.

Antes disso, como "pena máxima", o CNMP pode aposentá-lo compulsoriamente, recebendo salários.

0 Conselho prorrogou ainda, por mais 60 dias, o afastamento de Demóstenes. No fim de maio, ele deve completar 190 dias longe do MP goiano, embora continue a receber um salário perto de 25 mil reais mensais.

Segundo Roberto Gurgel, procurador-geral da República e presidente do CNMP, a vitaliciedade "não significa blindagem" e não impede a demissão ao final da investigação.

Mas Gurgel votou a favor do benefício ao ex-senador.

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