Eis algumas avaliações sobre o voto do revisor da ação penal do
mensalão, ministro Ricardo Lewandowski, que acompanhou o relator, ministro Joaquim Barbosa, pedindo a condenação de
quatro dos 37 réus:
Os advogados de defesa dos réus do mensalão acompanharam com
perplexidade e visível preocupação o voto do ministro Ricardo
Lewandowski. De modo geral, eles apostavam que o revisor iria se
contrapor ao ministro Joaquim Barbosa, relator do caso, que tem refutado
todas as teses da defesa. (“O Estado de S. Paulo”)
Quem esperava que o revisor, Ricardo Lewandowski, daria a largada
nessa etapa do julgamento com clara divergência em relação às posições
defendidas pelo relator, Joaquim Barbosa, se decepcionou. Os dois
ministros, que tiveram embates duros nas primeiras sessões, até agora
chegaram às mesmas conclusões, com apenas pequenas diferenças pelo
caminho, sobre a culpa do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil
Henrique Pizzolato e do empresário Marcos Valério. (“Correio Braziliense”)
O ministro Ricardo Lewandowski (…) fortaleceu ontem uma das
principais teses da acusação ao votar pela condenação de um ex-diretor
do Banco do Brasil acusado de desviar milhões de reais para o esquema.
(…) Embora tivesse anunciado antes que pretendia fazer um “contraponto”
ao voto do relator, Lewandowski manifestou ontem várias opiniões
coincidentes com as de Barbosa. (Folha)
“Aqueles que apostavam que os ministros seriam ilhas vão se
decepcionar. Estava se antecipando um embate entre as posições do
relator e do revisor, mas agora fica provado que o debate é possível”. (Thiago Bottino, professor de Direito da FGV, em “O Globo”)
Depois de sessões marcadas por embates entre os dois ministros
que mais conhecem o processo do mensalão, o revisor, Ricardo
Lewandowski, e o relator, Joaquim Barbosa, falaram a mesma língua. (“Correio Braziliense”)
“São dois votos de peso. De quem, teoricamente, dedicou mais tempo aos casos”. (Arnaldo Malheiros, que defende Delúbio Soares, em “O Globo”)
Houve surpresa ontem a quem se acostumara a ver conflito de
opiniões entre os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. (…) O
voto de Lewandowski foi mais claro que o de Barbosa. Este privilegiou o
detalhe dos fatos, mais ou menos conforme a narrativa da acusação. Já
tinha exposto antes, no relatório, os argumentos da defesa. Lewandowski,
como revisor, fez uma exposição curta dos argumentos dos dois lados,
para depois apontar tudo aquilo que, na defesa de Pizzolato, era difícil
de engolir. (Marcelo Coelho, na Folha)
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