Do editorial da Folha, sob o título “Supremo blá-blá-blá”, que trata da
linguagem excessivamente solene no Supremo Tribunal Federal e da
loquacidade de ministros, fora do “augusto sodalício” (O Blog reproduz
entre aspas expressões usadas por magistrados, advogados e membros do
Ministério Público]:
Os maus hábitos da linguagem empolada e da expressão prolixa
continuam a prosperar no Judiciário; no Supremo, ainda mais em
julgamento momentoso como o do mensalão, chegam ao apogeu. Nem mesmo
certas vulgaridades, salpicadas por alguns dos advogados da defesa,
alteraram a sensação do leigo de assistir a um espetáculo obscuro e
bizantino.
(…)
À prolixidade nos processos, somou-se a loquacidade fora deles. O costume começou há mais de dez anos, quando ministros passaram a discorrer sobre quase qualquer assunto, a pretexto de que assim prestavam contas e faziam do Judiciário um poder menos fechado.
(…)
À prolixidade nos processos, somou-se a loquacidade fora deles. O costume começou há mais de dez anos, quando ministros passaram a discorrer sobre quase qualquer assunto, a pretexto de que assim prestavam contas e faziam do Judiciário um poder menos fechado.
Conforme sublinhou o constitucionalista Joaquim Falcão,
a lei proíbe os magistrados de se manifestar sobre qualquer processo em
curso e criticar atos de seus colegas. Também neste quesito, um pouco
mais de parcimônia e contenção viriam a calhar.
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