A corregedora-nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, afirmou que é preciso expor as mazelas do Judiciário e
punir juízes “vagabundos” para proteger os magistrados honestos que, ela
ressaltou, são a maioria.
“Faço isso em prol da magistratura séria e decente e que não pode ser
confundida com meia dúzia de vagabundos que estão infiltrados na
magistratura”, disse em sessão da Comissão de Constituição e Justiça do
Senado, para discutir a proposta de emenda constitucional que amplia e
reforça os poderes correcionais do CNJ.
No ano passado, declarações da ministra de que a magistratura
brasileira enfrentava “gravíssimos problemas de infiltração de bandidos,
escondidos atrás da toga” gerou crise entre o Judiciário e o CNJ. Na
ocasião, Eliana Calmon defendia o poder de o órgão investigar
magistrados supeitos de cometer irregularidades.
A ministra afirmou ser necessário retomar a investigação
que começou a ser feita no ano passado nos tribunais de Justiça para
coibir pagamentos elevados e suspeitos a desembargadores e servidores. A
investigação iniciada pelo CNJ no tribunal de Justiça de São Paulo e
que seria estendida a outros 21 tribunais foi interrompida por uma
liminar concedida no último dia do ano judiciário pelo ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski. O processo hoje está
sob relatoria do ministro Luiz Fux e não há prazo para que seja
julgado.
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