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Há 33 anos, aos 26 de idade (foto), Joaquim - em 7 de julho de 1980 - foi avaliado como tendo "uma auto-imagem negativa" possivelmente por sua condição de negro.
Em entrevista ao jornal O Globo, em 28 de julho, Joaquim Barbosa acusou o Itamaraty de ser “uma das instituições mais discriminatórias do Brasil”. Disse que depois de passar nas provas escritas para a carreira diplomática, foi barrado por racismo nas provas orais. Ficou a dúvida: afinal, que provas orais eram essas?
O jornalista Lauro Jardim (Veja) revelou em seu blog que, no exame psicotécnico, feito em 7 julho de 1980, a questão da cor, de fato, aparece. No relatório, o avaliador relata que Barbosa “tem uma auto-imagem negativa, que pode parcialmente ter origem na sua condição de ´colored´”.
Mais: diz que suas atitudes eram "agudas demais" para alguém da carreira diplomática.
Barbosa enfrentou ainda uma banca - com idiossincrasias - em que
cinco diplomatas deram notas inclusive para a sua aparência - descrita
como “regular”. Alguns desses diplomatas são atualmente embaixadores.
A propósito, as provas orais no Itamaraty começaram a ser feitas no final dos anos 70 e foram extintas na década seguinte.
Tinham como objetivo detectar “subversivos” e a condição sexual dos candidatos.
“Qual é o nome de sua namorada?”, chegava a perguntar um dos psicólogos para, em seguida, mostrar ao candidato a ilustração de uma vagina e lhe perguntar "o que vê aqui". O relato é de um diplomata que fez o teste em 1981.
O chanceler Antônio Patriota considerou a reclamação de Joaquim extemporânea. "O ministro Joaquim se refere a outra era no Itamaraty. Hoje o que existe é um esforço para corrigir esse legado da discriminação no Brasil”.
E o filho de Rodrigo Otávio Souza e Silva, diretor do serviço médico do Itamaraty à época em que Joaquim fez a prova, rebateu a acusação de racismo por parte da banca de examinadores. “Posso afirmar que isso não ocorreu. Meu pai nunca na vida foi preconceituoso”, afirmou Rodrigo Otávio Filho.
Tinham como objetivo detectar “subversivos” e a condição sexual dos candidatos.
“Qual é o nome de sua namorada?”, chegava a perguntar um dos psicólogos para, em seguida, mostrar ao candidato a ilustração de uma vagina e lhe perguntar "o que vê aqui". O relato é de um diplomata que fez o teste em 1981.
O chanceler Antônio Patriota considerou a reclamação de Joaquim extemporânea. "O ministro Joaquim se refere a outra era no Itamaraty. Hoje o que existe é um esforço para corrigir esse legado da discriminação no Brasil”.
E o filho de Rodrigo Otávio Souza e Silva, diretor do serviço médico do Itamaraty à época em que Joaquim fez a prova, rebateu a acusação de racismo por parte da banca de examinadores. “Posso afirmar que isso não ocorreu. Meu pai nunca na vida foi preconceituoso”, afirmou Rodrigo Otávio Filho.
Dados biográficos de Joaquim.
Ele nasceu em Paracatu (MG) em 7 de outubro de 1954. É o primogênito
de oito filhos. Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de
família quando estes se separaram.
Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, alcançou seu mestrado em Direito do Estado.
Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, alcançou seu mestrado em Direito do Estado.
Foi oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores
(1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki
(Finlândia). Foi nessa época que tentou ingressar na carreira
diplomática. Inexitoso ali, conseguiu ser contratado como advogado do
Serpro (1979-84).
Prestou concurso público para procurador da República, e foi
aprovado. Licenciou-se do cargo e foi estudar na França, por quatro
anos, tendo obtido seu mestrado e doutorado ambos em Direito Público,
pela Universidade de Paris em 1990 e 1993. Retornou ao cargo de
procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro licenciado em 2006.
Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol. Toca piano e violino desde os 16 anos de idade. Foi indicado ministro do STF por Lula em 2003.
Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol. Toca piano e violino desde os 16 anos de idade. Foi indicado ministro do STF por Lula em 2003.
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